Lis | Quinta-feira, 04 Junho , 2009, 20:19

Estou de volta a este cantinho. Muita coisa aconteceu, muitas experiências, muito crescimento pessoal e profissional, muitas conquistas e, acima de tudo, muitos sorrisos recebidos e trocados. Cheguei ao fim de uma etapa longa e tudo correu de feição essencialmente por ter o suporte emocional que tive durante os meus dilemas, as minhas dificuldades, as minhas angústias. Obrigada a todos os que me acompanharam nesta fase final do curso. Os corredores da faculdade hoje foram percorridos com muita nostalgia, de quem se lembra em todos os recantos de histórias para contar. Tenho muitas saudades das minhas estrelinhas que tinham o dom de dizer tudo o que pensavam, na hora, com a ingenuidade tão típica das crianças. Para elas:

 

Ber. - Sinto falta dos momentos em que vinhas a correr do recreio só para te sentares ao meu lado e ouvir a história, mas também dos momentos em que me dizias: "não gosto de ti", só porque nem sempre podias ficar junto a mim.

Car. - Sinto falta da tua energia, de te ouvir a cantar: "o tubarão comeu o presente das meninas..." com um sorriso doce na cara. Sinto falta de te ensinar a crescer e a conviver com todos, independentemente das afinidades que tinhas. Sinto falta de quando corrias para o meu colo e te atiravas a gritar: "betinhaaaaaaaaaaaaaa!".

Cat. - Sinto falta de te ajudar a confiar em ti, de te fazer crer que eras capaz e que bastava tentares.

Di - Sinto falta de te ouvir dizer que tudo era fácil e de quando vinhas falar comigo sobre algum acontecimento e querias mostrar que sabias muito.

F. F. - Sinto falta da criança especial que tu eras, de quando me agarravas a mão e me deixavas saborear esse momento, de quando te tinha de explicar que há coisas que não se fazem, de quando te via feliz da vida a andar no triciclo.

F. P. - Sinto falta dos teus mimos, de quando te aproximavas de mim e simplesmente me abraçavas, com a maior sinceridade do mundo. Sinto falta das vezes em que tive de servir de andaime para que não perdesses as tuas referências. Sinto tanta falta de te ver a crescer a cada dia que passava.

J. P. - Sinto falta de te acalmar quando me dizias que tinhas saudades da mãe e quando te sentias perdida por não teres amigos para brincar.

J. G. - Sinto falta da timidez de uma criança cheia de talentos escondidos e de quando trazias alguma coisa de casa e me pedias para mostrar aos amigos. Sinto falta de quando estavamos sentados no banco e me perguntavas porque é que em alguns sítios havia sombra e noutros não.

J.M. - Sinto falta de quando vinhas ter comigo e dizias que adoravas vaivéns espaciais e que querias ser astronauta.

K. V. - Sinto falta das tuas brincadeiras com as palavras e das tuas gargalhadas.

L. - Sinto falta dos momentos em que te conseguias acalmar no meu colo.

L. - Sinto falta do modo como provocavas a minha atenção e do gosto que tinhas em trabalhar. Sinto falta de quando te aproximavas e, sem precisar de dizer nada, eu percebia que também querias participar.

Lu - Sinto falta de te acalmar quando alguém te magoava e precisavas mais do que nunca de conforto.

M. T. - Sinto falta de te ver a dançar com imenso entusiasmo e de te acalmar quando tinhas uma ferida.

M. A. - Sinto falta de te ver a chegar, ainda meia ensonada. Sinto falta de te ouvir dizer: "gosto muito da beta" e "a beta é linda" com uma voz super ternurenta.

M.C. - Sinto falta de quando ficavas contente e começavas a gritar. Sinto falta do teu bom humor e de como ficavas envergonhada quando o T.R. te dava prendas porque eram namorados.

M.F. - Sinto falta de quando punhas uma peruca do faz de conta e passeavas pela sala  para mostrar a toda a gente. Sinto falta de quando me trazias um gelado ou uma sopa para eu comer e quando me vias a fazer alguma coisa e perguntavas se eu precisava de ajuda.

N. - Sinto falta de quando dizias piadas e esperavas que todos se rissem.

R. - Sinto falta da tua voz rouca e de como te envolvias em todas as actividades.

T.C. - Sinto falta de perceber que, ainda que estivesses a maior parte das vezes distante, conseguias surpreender-me.

T.G. - Sinto falta de te proteger e de te ajudar a adaptares-te a uma nova realidade.

T.R. - Sinto falta de quando me pedias para me dizer um segredo e pedias desculpa pelo que tinhas feito. Sinto falta de quando me dizias: "hoje estás tão gira!" e de quando contavas anedotas. O teu riso maroto faz-me falta.

 

 

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